terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Educação Biocentrica 3. Rolando Toro Arañeda.

  Disse que Paulo Freire, “chocou” culturalmente, posso dizer de Rolando Toro Arañeda o mesmo.  Mas, vencer o “vento” é o grande feito de todo Cientista, com os métodos criados por Eles, consegue-se, portanto, o que falta para serem adotados, sem restrições, é conhecimento de causa de um lado... e de outro! Os seguidores precisam admitir e considerar que “chocam”, e os outros, que o “choque” foi inevitável pela necessidade de solução imediata, a qual não é percebida de imediato, mas os métodos “apareceram” em momentos nos quais a População precisou de um meio para interface e absorção da realidade que “aconteceu”.
 Pratico a Biodança, do mesmo modo que utilizo qualquer outro método que me restabeleça bioenergeticamente. Sou uma cidadã do Mundo, jamais pregarei o esfacelamento em grupos que se intitulem melhor ou mais bem constituído. Todos que intentaram tanto, jamais conseguiram, sequer, ser seguido pela maior parte da população do Mundo.
  Tenho ganas de ingressar na Universidade Biocentrica, mas com o fim de estar participando, e ter o conhecimento que foi reunido, mas não faço releitura de coisa alguma. Conservo todos os conceitos preestabelecidos pela tradição/uso. Alguém pode dizer: Isto é coisa da idade. Mas, lembro-me que, ao ler um texto que mim foi oferecido, nos primórdios da Escola Nordestina, a primeira coisa que fiz foi separar o que era a ideia pretendida, daquilo que já existia estruturado, sendo o assunto a Análise Transacional.
 A visão da Biodança como o resultado da colagem de diversos métodos é verdadeiro. A originalidade, e genialidade, estão na amalgama que é conseguida, e que tem servido para reparar a Inteligência Emocional de quem a utiliza, algo assim como o dímero de timina no DNA. No DNA do homem-fera que cansou de se manter distante da condição de bom-animal.
Para ter um resumo do que penso que é a matéria da Biodança, usei o trabalho de Daniela César, Kleber Chaves, e Simone Barco, a referência 8, que resume os aspectos antropológicos e históricos da Dança aplicada na Educação Biocentrica. A partir do que foi entendido por Rolando Toro Arañeda, a Dança é a fusão do dançarino com o Cosmo. Decorre o Magnetismo, a Transformação, e a Cura, originando: Amor, Desejo, e Êxtase.  Para mim a Intase, ou o Nirvana, é o estado ideal e a ser almejado. O dançarino sai da esfera racional, atinge o prazer cenestésico, transforma-se em um pulso de energia e se conecta a alguém, a música desperta os sentimentos e os faz fluir, a Consciência é potenciada porque o Corpo está carregado destes “poderes” próprios ao ser humano. Assim a Dança, como movimento interior, é capaz de afastar os potenciais de destruição, trazendo de volta a sensualidade, e os reflexos de Vida devidos.
  Fiz algumas modificações no texto do trabalho referido, interpretei e deixei como penso.
Referências
.                                  Educação Biocêntrica - Rolando Toro.                   https://www.youtube.com/watch?v=qIlw62LCoiI.                                 Aspectos antropológicos e históricos da Dança.                  https://prezi.com/hzcdyfbxrr0q/aspectos-antropologicos-e-historicos-da-danca/#_=_                                   

Educação Biocentrica 2. Paulo Freire

    Comecei a ler sobre o método Paulo Freire, em um livreto adquirido por minha sobrinha que se formou em Pedagogia. Depois li sobre o uso do método em vários lugares, e do sucesso deste. Mim perguntei, por que não foi adotado aqui. Fui buscar os fundamentos que nortearam o seu criador, então entendi.  Seria uma “saída”, como o é, mas não é uma solução de continuidade. É como se, adotando-o, acatássemos a situação que o originou, e fizéssemos a adequação perpetrada. E não será jamais esta a atitude necessária a Nós. O problema do método é “chocar” culturalmente, e fazer um “implante” que com o tempo é rejeitado. É devido observa-lo, apenas, como instrumento para alfabetização, e posterior integração á Escola tradicional. Mas, como disse , temos que recuperar tudo o que já sabemos. Esfacelamos tanto tudo que precisamos entender, ou pensamos precisar aprender, que temos que aprender a reunir tudo! O Tempo nos obriga a criar instrumentos para “vencer o Vento”, evitando “estrago” maior na evolução da Razão Nacional constituinte. E assim foi.
    O método começou a ser projetado em 1947, quando o Serviço Social da Indústria começou um movimento para desenvolver o Nordeste, surgindo a necessidade de alfabetizar a população de lugares “perdidos” no interior.  Em 1963 o método foi implantado em Angicos. Considerando a Filosofia Cristã, a Fenomenologia, e o Personalismo, e o Marxismo.
     Paulo Freire tomou como Princípio o fato de que: “A leitura do Mundo precede a da palavra” É devido compreender e interpretar: ler o Mundo, o que vê. Aqui vejo o que tenha sido o “cogito ergo sum” para seu criador: Como alfabetizar pessoas que já tinham uma visão do mundo com traços marcantes de personalidade, e caráter formado desde a lida diária no a fazer, na comunicação oral de costumes e tradições, uma Pedagogia rigorosa de Parentes, e aderentes mais velhos, já “escolados”? A Educação libertadora deveria permitir, e proporcionar, a liberdade do espírito, do pensamento, e define o que diz palavras geradoras, que servem para catalisar o que já está absorvido do conhecimento pela leitura do mundo.

     Para o próprio método define DENUNCIA, ANÚNCIO, UTOPIA e SONHO, intitulando um de seus livros, que interpreto como geradoras para ter um entendimento mais profundo do método. “Lendo o Mundo, entendendo palavras geradoras que expressam o Mundo dos Problemas, Necessidades, e Desejos”, o aluno integraria o letramento, e o que estudasse.

Referência