Meu “jejum” político, em verdade politizante, acabou! Caminho com o Universo por isso só na Idade da Razão torno-me apto, e a inspiração descobre os fins a que se presta cada potencia, cada valor que aprendo. Assim disponho do meio que descobri ter como modo de realizar o que inspiro, e tenho por certo realizar: um texto.
Um dia qualquer “lá
e então”, 18/10/2015 as 11:06, copiei este trecho da Defesa de Sócrates noticiada por Platão, e acontecida em 399 a.C:
“Pode parecer esquisito que eu me azafame por
todo canto a dar conselhos em particular e não me abalance a subir diante da
multidão para dar conselhos públicos à cidade. A razão disso em muitos lugares
e ocasiões ouvistes em minhas conversas: uma inspiração que me vem de um deus
ou de um gênio, da qual Meleto fez caçoada na denúncia. Isso começou na minha
infância; é uma voz que se produz e, quando se produz, sempre me desvia do que
vou fazer, nunca me incita. Ela é que me barra a atividade política. E
barra-me, penso, com toda razão; ficai certos, Atenienses: se há muito eu me
tivesse votado à política, há muito estaria morto e não teria sido nada útil a
vós nem a mim mesmo. Por favor, não vos doam as verdades que digo; ninguém se
pode salvar quando se opõe bravamente a vós ou a outra multidão qualquer para
evitar que aconteçam na cidade tantas injustiças e ilegalidades; quem se bate
deveras pela justiça deve necessariamente, para estar a salvo embora por pouco
tempo, atuar em particular e não em público.” (1),(2)
Daí perguntei:
Política é, realmente, alguma coisa que deva ser feita? Insistimos em fazer:
Onde está o engano?
Pensando no cogito
que me moveu acredito que encontrei o engano. Ao modo do grande pensador nos ocupamos mais
com o que é feito indevidamente do que com o que deveras pode ser feito.
“ ninguém se pode salvar quando se opõe bravamente a vós ou
a outra multidão qualquer para evitar que aconteçam na cidade tantas injustiças
e ilegalidades; quem se bate deveras pela justiça...” . (1),(2)
Creio que assim aflorou meu aspecto “coxinha”
de batata, assada no forno, light, mas “coxinha”. Temos que lançar luz sobre o momento começando
por praticar a Política legítima, vamos politizar. Já educamos, para a lida,
começamos a educar para Vida plena com a Cultura de Paz. Precisamos parar de
produzir e oferecer meios, temos que promover, e constituir os “finalmente”. São
tantos pequenos detalhes que escapam que podemos comparar com a lapidação de um
Brilhante, quanto mais facetas mais brilho, é só polir..., no caso: politizar. Mas,
começar por onde, aonde? Nossinhora, novamente encontro boas respostas: para o onde: em cada ser humano que se disponha; e para o
aonde: ao menos no tempo/ espaço é
certo: “aqui e agora”.
1. OS PENSADORES - Vol.02 (1987).Sócrates. p.49 §2-50. http://copyfight.me/acervo/livros/OPENSADOREVol2(1987)Socrates.pdf Visto em 18/10/2015.
2. PLATÃO. A Defesa de Sócrates.